Icaraíma, 11 de janeiro de 2025

Paraná atinge meta de repovoar as bacias hidrográficas com 2,615 milhões de peixes nativos

Paraná atinge meta de repovoar as bacias hidrográficas com 2,615 milhões de peixes nativos

Projeto Rio Vivo, do Governo do Estado, atingiu a meta de repovoar as Bacias Hidrográficas do Paraná com 2,615 milhões de peixes nativos. O número foi alcançado nesta semana com a soltura de 115 mil peixes na Bacia do Rio Ivaí, no município de Turvo (Região Centro-Sul). A ação é da Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest), através da Superintendência Geral de Pesca e Bacias Hidrográficas do Paraná (SDBHP).

A execução do projeto é fruto da Resolução nº 010/02021, que normatiza o repovoamento com peixes nativos nas bacias dos rios Ivaí, Paraná, Paranapanema e Iguaçu. O objetivo é proteger a biodiversidade aquática nas 16 Bacias Hidrográficas do Estado, garantindo água em quantidade e qualidade para todos e geração de renda para os pescadores.

O Rio Vivo também promove o plantio de árvores nativas nas margens dos rios e o recolhimento de lixo durante os eventos de soltura. A ação conta com a ampla participação da sociedade civil, especialmente de alunos de escolas locais e pessoas da terceira idade. Os participantes aprendem sobre a importância de cuidar da fauna aquática e do entorno dos rios.

“Além de promover o repovoamento dos rios, para compensar os peixes retirados pelos pescadores, o projeto também inclui ações de educação ambiental. São sementes que plantamos para o desenvolvimento de uma sociedade ecologicamente mais consciente”, destaca o secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Everton Souza. “Com o Rio Vivo estamos recuperando nossas bacias hidrográficas, que abastecem as cidades paranaenses e tem grande potencial para a pesca profissional e esportiva”.

Somente a Bacia do Rio Ivaí recebeu um total de 535 mil peixes nativos. De acordo com o superintendente-geral da Pesca e Bacias Hidrográficas, Francisco Martim, as espécies foram soltas nos rios com base em estudos. Os lambaris, por exemplo, são de uma espécie que indica que o local onde ele se encontra é preservado. 

“A sobrevivência do lambari exige água limpa. Embora seja um peixe pequeno, é o mais predador do rio e se alimenta de larvas, ajudando a manter o ambiente limpo”, destaca. Além disso, lembra o superintendente, os peixes são inseridos na fauna aquática quando possuem chances de sobrevivência. “Os peixes juvenis não são pequenos demais para virarem presas e não crescem muito a ponto de perderem a capacidade de caçar”, reforça.

RIO VIVO – O projeto Rio Vivo foi criado com o objetivo de proteger a fauna aquática e o ambiente natural contra espécies invasoras. Por isso, os peixes são escolhidos para o repovoamento de acordo com as características de cada corpo hídrico considerado.

É proibido povoar os rios com espécies exóticas ou invasoras, de origem estrangeira. A introdução de espécies do Brasil, mas não originárias do local especificamente (alóctones), é passível de autorização mediante análise e estudo de impacto ambiental na região.

A lista de espécies permitidas para a soltura em rios, mares e estuários no Paraná pode ser consultada na Resolução nº 010/02021.

RIO IVAÍ – O rio Ivaí é considerado uma artéria de vida na natureza do Paraná, com características geográficas e biológicas raras no País. No Estado do Paraná, ele é o rio que mais mantém suas características originais, sem trechos de barramentos.

Por conta disso, o rio se torna o maior berçário do Estado para as espécies nativas migradoras durante o Piracema, período em que a pesca é proibida para garantir a reprodução das espécimes.

Além disso, com mais de 680 km de extensão, todo em território paranaense, o rio também tem um grande potencial para turismo náutico e ecoturismo, destacando-se a pesca esportiva em nível internacional e a canoagem.

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